30 de Junio de 2022
Futebol, ativismo e resistência: uma análise (crítica) de discurso de páginas do Facebook de torcidas antifascistas de São Paulo (2019-2020)
- Felipe Tavares Paes Lopes & Lupicínio Iñíguez-Rueda
Futebol, ativismo e resistência: uma análise (crítica) de discurso de páginas do Facebook de torcidas antifascistas de São Paulo (2019-2020)
- Football, activism and resistance: a (critical) discourse analysis of Facebook pages of groups of antifascist football fans from São Paulo (2019-2020)
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Discurso & Sociedad, 2022 16(2):420-441
Resumen
Este artigo objetiva compreender de que maneira as torcidas antifascistas de futebol da cidade de São Paulo constroem discursivamente seu ativismo em suas páginas oficiais no Facebook e como essas construções discursivas produzem, reproduzem, contestam e/ou transformam significados que legitimam relações de dominação. A fim de alcançar esse objetivo, analisa 62 postagens dessas torcidas em suas páginas oficiais do Facebook. A partir dessa análise, indica que essas torcidas contestam a ideia de que a luta antifascista possa se dar dentro dos marcos da democracia liberal, caracterizando-a como uma luta antissistema. Também mostra que, a despeito de construírem seu ativismo como revolucionário, não propõem “revolucionar” o futebol e intervir na estrutura do próprio jogo.
Palabras clave: Futebol; Ativismo; Resistência; Redes sociais; Torcidas antifascistas.
Abstract
This article aims to understand how groups of antifascist football fans from São Paulo discursively construct their activism on their official Facebook pages and how these discursive constructions produce, reproduce, contest and/or transform meanings that legitimize relations of domination. To achieve this goal, it analyzes 62 posts from these groups on their official Facebook pages. Based on this analysis, it indicates that these groups contest the idea that the anti-fascist struggle can take place within the framework of liberal democracy, characterizing it as an anti-system struggle. It also shows that, despite constructing their activism as revolutionary, they do not propose to “revolutionize” football and intervene in the structure of the game itself.
Keywords: Football; Activism; Resistance; Social networks; Antifascist football fans.